quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Postado por Dra. Denise Madi Carreiro

Está havendo um crescente aumento das cirurgias dirigidas ao tratamento da obesidade. Isto se deve aos constantes insucessos nos tratamentos de emagrecimento, conseqüente aumento do número de obesos mórbidos e a uma maior divulgação das cirurgias para o seu tratamento.

Os critérios para indicação cirúrgica da obesidade foram definidos pelo Painel da Conferência de Desenvolvimento de Consenso do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos em 1991 e incluem os pacientes com um IMC > 40, pacientes com IMC > 35 que apresentem co-morbidade cardiopulmonar grave ou diabetes severa e ainda pacientes que avaliados por médico experiente em matéria de tratamento da obesidade, tenham pequena probabilidade de sucesso com medidas não-cirúrgicas.

O tratamento cirúrgico para obesidade mórbida, também conhecido como Cirurgia Bariátrica está baseado fundamentalmente em três modalidades técnicas:

•Restritivas: visam diminuir a capacidade volumétrica do estômago, como por exemplo a Banda Gástrica Ajustável;
•Desabsortivas - objetivam atingir a perda de peso pela incapacidade do intestino de absorver os nutrientes; Atualmente esta técnica não está sendo utilizada por apresentar mais problemas que soluções; exemplo desta cirurgia a By-pass jejuno-ileal;
•Mistas - associação das duas modalidades anteriores, pois combinam a restrição gástrica e má-absorção em diferentes proporções, como por exemplo a By-pass gástrico associado a Y de roux (CAPELLA) e a Derivação Biliopancreática com Gastrectomia Parcial (SCOPINARO).

A cirurgia pode ser feita tanto por técnicas convencionais como por videolaparoscopia, sendo que esta condiz com uma preocupação cada vez maior para que estas cirurgias sejam minimamente invasivas, oferecendo cada vez menos riscos ao paciente. Qualquer que seja a técnica cirúrgica utilizada, devemos lembrar que esta é só uma restrição física e que, por si só, não promove uma mudança real e efetiva nos hábitos alimentares e comportamentais do paciente, sendo que só assim se trabalhará as causas da doença, e não só o efeito. Daí a necessidade de acompanhamento multiprofissional.

A todo momento estão aparecendo técnicas novas ou mesmo variações das já existentes, sendo determinante, para o acompanhamento nutricional do paciente, que se conheça a técnica utilizada na sua cirurgia para adequar a composição da alimentação e da suplementação segundo a interferência da restrição e desabsorção.

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